TÚNEL DO TEMPO
Escrever um memorial do leitor, é tarefa muito difícil para mim, pois não tive contatos com os livros na minha infância e tão pouco cresci ouvindo histórias contadas pelos pais ou avós. Acho que minha família nunca, ou quase nunca teve nenhum contato com a literatura. Apesar disso, sempre me incentivaram muito a estudar, cresci ouvindo deles, que eu precisava ir à escola e aprender tudo o que os professores me ensinassem, pois o "estudo" como eles mesmo diziam, era um " bem" que ninguém poderia me tomar.
Foi na escola que tive mais contatos com os livros e com a leitura, apesar de não lembrar da biblioteca da escola, lembro do professor de português Walter Bazanella que marcou muito minha vida, sempre fazia leituras diárias e eu ficava encantada com as mesmas. Sem dúvida, ele foi um dos maiores incentivadores a leitura.
Quando entrei para a faculdade, fiquei mais uma vez encantada, desta vez, com o tamanho e a diversidade de obras que a biblioteca da Furb oferecia aos alunos, e a partir daí, sim, iniciei finalmente meu contato com o mundo da leitura, todo o universo mágico dos livros veio ao meu encontro.
Hoje como professora, li e leio muito para os meus alunos, pois sei que para muitos deles pode ser que eu seja a única fonte de referência de leitura.
Como mãe, leio para minhas filhas desde a gestação, sei que não tive isso com os meus pais, porque não podiam, mais, eu posso e devo.
E o que eu mais desejo, é que meus alunos e minhas filhas se tornem leitores apaixonados como eu.
Você reitera, nesse texto, a importância do adulto leitor-modelo. E nós, como professores de Língua Portuguesa, somos essenciais nessa construção do gosto pela leitura. Continue assim, investindo na potencialidade de teus alunos (e filhas, é claro!)
ResponderExcluirUm grande abraço,
Angelita